Dias desses, no mês de agosto, nós aeronautas fomos surpreendidos com uma escabrosa revelação: O futuro profissional dos aeronautas brasileiros poderá estar seriamente comprometido!
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Rocha Loures |
Por alguma razão que desconhecemos, mas que com certeza deve partir de um engano do Deputado Federal Rodrigo Rocha Loures PMDB-PR, autor e relator do PL 6716/09, que dispõe sobre mudanças no Código Brasileiro de Aeronáutica, incluiu em suas propostas, a mudança no Art. 158 do CBA, que, se aprovada, permitirá as empresas brasileiras contratarem pilotos estrangeiros.
Calca-se o Deputado - atualmente candidato a Vice-Governador do Paraná pelo chapa do Osmar Dias - na idéia de que uma suposta "falta de pilotos" poderá parar a aviação brasileira. Quem informou isso ao deputado, o fez de forma completamente equivocada ou mal intencionada
O fato é que isso foi descoberto a tempo, e passamos a movimentar um grande número de pilotos, sendo eles de todas as empresas brasileiras, e de todas as áreas da aviação (comercial, executiva, agrícola, off-shore, aerolevantamento, instrução e etc...).
A admissão de estrangeiros no Brasil se dará a qualquer tempo, o Brasil estando ou não necessitando de mão de obra. Simplesmente abre as fronteiras e pronto.
2. Não exige qualquer contrapartida ou reciprocidade. Ex: Se um holandês quiser voar aqui, vai poder, mesmo que você não possa voar na Holanda.
3. Não prevê prazos, embora o Deputado Rocha Loures diga o contrário. Porém, o que vai ficar valendo não é o que ele diz, mas o que está escrito.
4. Não identifica o setor, deixando a aviação, em todas as modalidades, aberta aos estrangeiros. Ex: Bastará um boliviano ou um paraguaio cruzar uma rua, e poderá se oferecer para voar um agrícola por menos no Mato Grosso.
Ou seja, o texto, como está, simplesmente transforma o Brasil na casa da mãe joana, e isso nem de longe significa globalização. Globalização é contrapartida em igualdade de condições, tanto nas oportunidades de emprego quanto nos processos de imigração e convalidação de licenças. Principalmente quando as oportunidades são balanceadas. Do contrário, aqui vai virar exílio dos aeronautas dos países em crise.
Vejam, há uma enorme diferença entre as situações. A Emirates, e outras empresas vem ao Brasil buscar profissionais, por absoluta falta de mão de obra lá, e uma formação que de forma nenhuma supre suas necessidades. Aqui nós temos ainda muitos pilotos formados e em formação, e teremos por ainda um longo tempo. Ainda não justifica essa abertura tão ampla. Aqui querem profissionais, mas não dão condições de formação, não há incentivos do governo, a burocracia é enorme... então, que primeiro se pense em arrumar a casa, e depois, se ainda assim faltar, o papo é outro.
A empresa que mais reclama de falta de pilotos é justamente a que menos oferece condições dignas, e é a recordista em debandadas justamente por isso.
Nós, do grupo Aviação com Ética, esperamos que o Deputado Rocha Loures se disponha a ouvir a categoria, suas impressões e seus argumentos, antes de levar tal proposta adiante.
Desta forma o Grupo Aviação com Ética acena com uma proposta séria e civilizada de chegarmos a um entendimento com o Deputado Rocha Loures, bastando pra isso que ele aceite ouvir-nos, e que, numa demonstração de compromisso social e democrático, o Deputado se disponha a avaliar a situação de forma imparcial e transparente, e não só a escutar as opiniões descabidas de grupelhos mal intencionados.
Acreditamos que se o Deputado Rocha Loures ainda merece esse crédito (antes de partirmos para acusações), nós também merecemos, por parte dele, a consideração de uma audiência. E estamos à disposição dele para nos manifestarmos.
...............
Bem, para que o leitor entenda exatamente porque nós não queremos tal mudança no Art. 158 do Código Brasileiro de Aeronáutica, basta que leia atentamente os capítulos a seguir.
Grupo Aviação com Ética
A admissão de estrangeiros no Brasil se dará a qualquer tempo, o Brasil estando ou não necessitando de mão de obra. Simplesmente abre as fronteiras e pronto.
2. Não exige qualquer contrapartida ou reciprocidade. Ex: Se um holandês quiser voar aqui, vai poder, mesmo que você não possa voar na Holanda.
3. Não prevê prazos, embora o Deputado Rocha Loures diga o contrário. Porém, o que vai ficar valendo não é o que ele diz, mas o que está escrito.
4. Não identifica o setor, deixando a aviação, em todas as modalidades, aberta aos estrangeiros. Ex: Bastará um boliviano ou um paraguaio cruzar uma rua, e poderá se oferecer para voar um agrícola por menos no Mato Grosso.
Ou seja, o texto, como está, simplesmente transforma o Brasil na casa da mãe joana, e isso nem de longe significa globalização. Globalização é contrapartida em igualdade de condições, tanto nas oportunidades de emprego quanto nos processos de imigração e convalidação de licenças. Principalmente quando as oportunidades são balanceadas. Do contrário, aqui vai virar exílio dos aeronautas dos países em crise.
Vejam, há uma enorme diferença entre as situações. A Emirates, e outras empresas vem ao Brasil buscar profissionais, por absoluta falta de mão de obra lá, e uma formação que de forma nenhuma supre suas necessidades. Aqui nós temos ainda muitos pilotos formados e em formação, e teremos por ainda um longo tempo. Ainda não justifica essa abertura tão ampla. Aqui querem profissionais, mas não dão condições de formação, não há incentivos do governo, a burocracia é enorme... então, que primeiro se pense em arrumar a casa, e depois, se ainda assim faltar, o papo é outro.
A empresa que mais reclama de falta de pilotos é justamente a que menos oferece condições dignas, e é a recordista em debandadas justamente por isso.
Nós, do grupo Aviação com Ética, esperamos que o Deputado Rocha Loures se disponha a ouvir a categoria, suas impressões e seus argumentos, antes de levar tal proposta adiante.
Desta forma o Grupo Aviação com Ética acena com uma proposta séria e civilizada de chegarmos a um entendimento com o Deputado Rocha Loures, bastando pra isso que ele aceite ouvir-nos, e que, numa demonstração de compromisso social e democrático, o Deputado se disponha a avaliar a situação de forma imparcial e transparente, e não só a escutar as opiniões descabidas de grupelhos mal intencionados.
Acreditamos que se o Deputado Rocha Loures ainda merece esse crédito (antes de partirmos para acusações), nós também merecemos, por parte dele, a consideração de uma audiência. E estamos à disposição dele para nos manifestarmos.
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Bem, para que o leitor entenda exatamente porque nós não queremos tal mudança no Art. 158 do Código Brasileiro de Aeronáutica, basta que leia atentamente os capítulos a seguir.
Grupo Aviação com Ética
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