sexta-feira, 27 de agosto de 2010

7. SILVA FILHO GRILO - COMISSÁRIOS EM MANIFESTO CONTRA O PL.


O grupo Aviação com Ética recebeu um grande apoio de um colega que, verdadeiramente representando toda a classe  de comissários, manifestou-se contra o PL 6716/09.

O apoio veio de Silva Filho Grilo, que ingressou na antiga Cruzeiro do Sul em 03 de março de 1980, permanecendo no Grupo VARIG por 26 anos e 30 dias, sempre como comissário de voo. Desde aquele tempo, luta pelos direitos dos Aeronautas e dos Aeroviários.


Por conta dessa luta diária, foi Diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas de 2004 a 2007, tendo seu inegável trabalho reconhecido pela cúpula da instituição mesmo com sua atuação não alinhada.

Ele ficou à frente da Secretaria Previdenciária por mais de um ano.

Em 11 de setembro de 2007, Silva Filho Grilo elevou sua luta pela classe dos Aeronautas e Aeroviários a um novo patamar, incentivando e participando de Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, onde debateu o DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL DOS AERONAUTAS, sua maior bandeira.


Manifesto de repudio ao PL que permite que pilotos de outras nacionalidades trabalhem em empresas aéreas nacionais.

Ao Congresso Nacional



Silva Filho Grilo

Ref: Comissão Especial presidida pelo dep. Luiz Sérgio (PT-RJ) e relatada pelo dep.Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR)

Ainda não nos recompomos das tragédias ocasionadas por diversas empresas aéreas que em passado recente fecharam as portas e não pagaram a nenhum trabalhador.

Uma nova onda de furacões e turbulências severas voltam a assolar a profissão do aeronauta brasileiro. Primeiro foi à redução de comissários a bordo das aeronaves brasileiras causando desemprego, redução nas vagas de trabalho e outros problemas. Importante destacar que quando o DAC tentou reduzir o numero de comissários de voo em 1999, diversas foram às vozes na ocasião que conseguiram barrar a tentativa absurda!
piloto

A ANAC conseguiu reduzir o número de comissários com tranqüilidade sem nenhuma resistência ou iniciativa parlamentar para impedir mais este golpe contra esses profissionais. O que causa espanto é que nem o Ministério do Trabalho que também tem a obrigação de regular a profissão por força de lei (Art. 55 – Os Ministros de Estado do Trabalho e da Aeronáutica expediram as instruções que se tornarem necessárias à execução desta Lei.) não se manifestou em relação á questão, inclusive apesar de sermos civis pouco faz para garantir os direitos de trabalhadores.

Não satisfeitos com os problemas já enfrentados por estes profissionais, para manter seus postos de trabalho em condições mínimas, surge o absurdo dos absurdos, contido no art. 158 do projeto de lei 6716 /09 travestidos de “modernidade”, melhoria para o consumidor garantido direitos dos consumidores” ou seja, com uma roupagem politicamente correta, esta embutido uma verdadeira tragédia, uma investida contra os aeronautas brasileiros:

Art. 158. Será admitida a contratação de mão de obra estrangeira como tripulantes e instrutores, em caráter provisório, na falta de tripulantes brasileiros. 

§ 1º. O prazo do contrato de instrutores estrangeiros, de que trata este artigo, não poderá exceder a 6 (seis) meses.” 

§ 2º. O prazo do contrato de tripulantes estrangeiros, de que trata este artigo, não poderá exceder a 60 (sessenta) meses.

Este artigo é apresentado sob a pálida e incoerência desculpa de falta de pilotos, mas na verdade quer abrir para os estrangeiros o direito de voar em empresa aéreas brasileiras por até 5 anos , com isso destruindo de vez o que resta da profissão do aeronauta brasileiro .

Querem abrir o capital das empresas e de forma sorrateira também acabar com o emprego dos nacionais? Interessante que somente existe preocupação com consumidor e saúde das empresas, o trabalhador parece que nada vale nesta engrenagem econômica, parece ser um mal necessário.

Uma indústria que não valoriza sua mão de obra não é sustentável, pois, somente visa lucro, baixo custo, sem se importar com as condições de trabalho de quem verdadeiramente produz a riqueza, seus trabalhadores, isso é uma lastima, verdadeira calamidade em pleno século XXI.
A grande questão é quem vai aferir a falta de piloto;
  • As empresas aéreas adquiridas por estrangeiros?
  • A ANAC que diuturnamente investe para diminuir os postos de trabalho dos aeronautas nacionais?
  • O que nos intriga é por que tantas investidas contra os aeronautas brasileiros?
  • O que de mal fizeram estes profissionais para sofrer tamanha perseguição?
Estejam certos Vossas Excelências que nós, aeronautas, repudiamos o artigo 158 do PL 6716 /09!

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